Cinco trabalhadores foram resgatados em condição análoga à escrav*dão em uma fazenda localizada no município de Brasilândia, no Mato Grosso do Sul. A propriedade é ligada a um dos proprietários do grupo Via Veneto, responsável por marcas conhecidas do setor de vestuário.
A ação ocorreu em agosto deste ano, na Fazenda Beatriz, e terminou com a prisão de dois funcionários apontados como responsáveis por manter os trabalhadores em situação degradante e por violação de direitos trabalhistas. A operação foi conduzida após denúncias e apurações das autoridades.
Segundo o inquérito, os homens eram recrutados em outras cidades para prestar serviços terceirizados. Ao chegarem à fazenda, eram alojados em estruturas improvisadas, como um curral de cavalos e um depósito, sem condições mínimas de higiene ou conforto.
Os trabalhadores cumpriam jornadas longas, das 6h às 16h, de segunda a sábado, realizando atividades como limpeza de pastagem e aplicação de produtos químicos. Eles também eram obrigados a comprar itens vendidos pelos próprios responsáveis pela fazenda, o que aumentava a dependência financeira.
A investigação aponta ainda que, antes da chegada da fiscalização, houve tentativa de ocultar a real situação do local. Animais foram retirados para maquiar o alojamento e parte dos trabalhadores foi escondida, sendo localizada posteriormente. Um sexto homem conseguiu fugir e não foi encontrado.
Este não é o primeiro episódio em que o nome de um dos donos do grupo aparece associado a denúncias semelhantes. Em anos anteriores, ele já havia sido chamado a prestar esclarecimentos em investigações relacionadas a condições irregulares de trabalho.
O grupo empresarial e o proprietário citado não se manifestaram até o momento. O espaço segue aberto para posicionamento.








