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CPI do Hospital: só dois vereadores assinam e silêncio da Câmara levanta suspeitas

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A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a gestão do Hospital Municipal de Campo Novo do Parecis escancarou uma realidade incômoda dentro da Câmara Municipal: apenas dois vereadores tiveram coragem política de assinar o requerimento que pede investigação formal sobre possíveis irregularidades na unidade de saúde.
O documento que solicita a abertura da CPI leva exclusivamente as assinaturas do vereador Djonathan Baioto, autor do requerimento, e do vereador Dr. Andrei, que publicamente vem cobrando apuração rigorosa dos fatos. Os demais parlamentares, até o momento, optaram por se esquivar, evitando subscrever o pedido.
A ausência de assinaturas não é um detalhe burocrático — é um posicionamento político. E, diante da gravidade dos fatos narrados no requerimento, o silêncio dos demais vereadores grita.
O pedido de CPI não trata de boatos ou fofocas. O documento é técnico, fundamentado na Constituição Federal, na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Casa. Ele aponta denúncias recorrentes de precariedade no hospital, falta de insumos, falhas estruturais, possíveis descumprimentos contratuais e, principalmente, o óbito da gestante Larissa Pompermayer Ramos, ocorrido após complicações graves, fato que comoveu a cidade e gerou revolta popular.
Diante desse cenário, a pergunta que ecoa nas ruas, nas redes sociais e nos bastidores políticos é inevitável:
por que os demais vereadores não querem a abertura da CPI?
Estão contra o povo?
Têm medo do que pode ser descoberto?
Possuem algum tipo de vínculo político, contratual ou compromisso que impeça a investigação?
Ou simplesmente não querem se indispor com quem detém poder administrativo?
A CPI é um instrumento constitucional criado justamente para defender o interesse público, garantir transparência e esclarecer responsabilidades. Quando parlamentares se recusam a assiná-la, mesmo diante de denúncias graves e de um clamor social evidente, passam a obrigação de explicar suas razões à população que os elegeu.
O vereador Dr. Andrei já foi direto: quem for contra a CPI terá que explicar publicamente o motivo. E essa cobrança não é pessoal — é institucional, democrática e legítima.
O que se vê, até agora, é uma Câmara dividida entre dois vereadores que assumiram o risco político de enfrentar o sistema e um grupo que prefere o conforto do silêncio. Em tempos de crise na saúde, o silêncio não é neutro — ele toma lado.
A população camponovense não pede condenações antecipadas. Pede apenas investigação, transparência e verdade. Quem não teme os fatos não foge da CPI.
A grande pergunta continua sem resposta: por que não assinar?
Enquanto ela não vem, cresce a desconfiança — e a cobrança popular só tende a aumentar.
Plantão CNP
Notícia em tempo real. Em cima do fato.

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