
Uma denúncia grave envolvendo fiscais do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT) levanta questionamentos sobre abuso de poder, coação e exposição indevida de uma funcionária pública em seu local de trabalho.
Segundo o relato, a servidora — que atua também como corretora de imóveis nas horas vagas — foi surpreendida em seu ambiente profissional com a visita de dois fiscais do Creci-MT, que se identificaram na recepção como “delegados da entidade”. A visita aconteceu durante seu expediente, momento em que a funcionária comunicou, por meio da secretária, que não poderia atendê-los por estar em horário de serviço e que estaria disponível fora do expediente.
A resposta dos fiscais, segundo testemunhas, foi alarmante: “Se ela não nos atender, vamos chamar a polícia para ela. Ela é obrigada a nos atender.” Intimidada e temendo represálias, a funcionária pública interrompeu suas atividades e se viu obrigada a recebê-los, contrariando as normas da instituição onde trabalha.
A servidora foi conduzida até uma sala de triagem, onde, segundo o relato, foi questionada se atuava como corretora e recebeu um atestado de regularidade do Creci-MT. No entanto, o constrangimento e a exposição diante de colegas de trabalho já haviam causado um abalo.
Ao Plantão CNP, a funcionária relatou: “Eu fiquei constrangida quando eu expliquei que eu não poderia atender eles no meu local de trabalho, né, devido a gente não ter autorização da nossa chefe de nós não tratar de assuntos particulares no trabalho, e eles têm me ameaçado, né, chamar a polícia, para mim foi um choque muito grande, porque a gente não tem esse contato assim, ah, vou chamar a polícia, né. Aí, na hora assim, eu fiquei meio espantada, sabe, fiquei sem ação, aí até minha resposta foi, já que é sob pressão, né, vou ter que atender vocês então, né, até de risada, né, mas assim, minha vontade era de chorar, sabe, de tanta tristeza que eu pensei assim, ah, eu não fiz nada de errado, né, por que que eu vou ter que chamar a polícia pra mim.”
A principal questão que fica é: por qual motivo os fiscais ameaçariam chamar a polícia para uma servidora pública, em pleno exercício de sua função, apenas por se recusar a interromper seu trabalho para atendê-los por particular? A atitude levanta suspeitas de abuso de autoridade, perseguição institucional e até possível violação de direitos fundamentais.
Os fiscais tinham acesso a dados internos do Creci-MT, o que evidencia que sabiam que a funcionária era corretora. A escolha de abordá-la em seu local de trabalho, com ameaças e exigências fora de contexto, gera questionamentos éticos e legais. Teria sido essa uma tentativa de intimidação? Um excesso de autoridade? Ou, mais grave ainda, a prática de um crime contra uma servidora pública?
Diante da gravidade do caso, a equipe do Plantão CNP procurará a Prefeitura de Campo Novo do Parecis e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais para saber quais providências serão tomadas.
Isso significa que são pessoas totalmente incapazes de exercerem um cargo tão importante como esse, dentro da entendidade, CRECI-MT.
Espero que as devidas providências sejam tomadas, e chamo atenção do presidente, vamos capacitar esse pessoal.
Acredito que equilíbrio é a chave importante para exercer esse cargo dentro da entidade.