O céu de Tangará da Serra foi o limite para os alunos do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) que participaram do 1º Campeonato de Foguetes, realizado no campus local. A atividade, coordenada pela professora de Matemática Roberta Meschese Xavier, mostrou que aprender ciência pode ser uma experiência empolgante e prática.
Durante um mês de preparação, os estudantes mergulharam em conceitos de física, química e matemática, aplicando o conhecimento adquirido em sala de aula na construção e lançamento de foguetes movidos por uma mistura simples de bicarbonato de sódio e vinagre. O objetivo da disputa era alcançar a maior distância horizontal possível.
“O projeto envolveu desde a montagem do foguete até os testes com o combustível. Com os resultados, os alunos calcularam velocidade inicial, tempo de voo e até a altura máxima alcançada”, explicou a professora Roberta, destacando a união entre teoria e prática.
A equipe “Carmelito”, formada por Lucas Wrobel Della Rosa, Lívia e Rafaela, do primeiro ano do curso técnico em Recursos Humanos, conquistou o primeiro lugar. Lucas, entusiasmado com o resultado, contou que a paixão pela aviação começou ainda na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
“Foi incrível! Diferente de um esporte, aqui a gratificação é também intelectual. Passamos noites criando o design e a base do foguete, então vencer foi muito recompensador”, relatou o estudante.
O sucesso do evento foi tanto que a professora Roberta já pensa em ampliar o projeto:
“No próximo ano, queremos envolver toda a cidade — escolas municipais e estaduais — e preparar nossos alunos para representar Tangará da Serra no campeonato estadual, em Campo Novo do Parecis, e quem sabe até no nacional, no Rio de Janeiro”, adiantou.
O campeonato não apenas despertou o espírito competitivo dos alunos, mas também mostrou que a ciência pode ser divertida, acessível e inspiradora — especialmente quando o aprendizado ganha força para decolar.