Uma comitiva composta por 21 representantes dos povos indígenas Haliti-Paresi, Manoki, Myky e Rikbaktsa está participando da ABAV Expo 2025, a maior feira de turismo da América Latina, realizada entre os dias 8 e 10 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ). A missão técnica é organizada pelo Sebrae/MT e tem como foco fortalecer o etnoturismo e ampliar o acesso dessas comunidades ao mercado turístico nacional e internacional.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Sebrae Mato Grosso e as prefeituras de Campo Novo do Parecis e Brasnorte, oferecendo aos participantes uma programação repleta de oportunidades: rodadas de negócios com operadoras de turismo, visitas técnicas, palestras sobre marketing e gestão turística, além de capacitações voltadas à comercialização de experiências culturais.
Segundo Silvia Fraga, coordenadora da Agência Sebrae em Tangará da Serra, a proposta é proporcionar uma vivência completa do setor turístico:
“Queremos que as lideranças indígenas experimentem de perto o ambiente profissional da ABAV, compreendam as tendências do turismo e construam parcerias que gerem resultados reais para suas comunidades”, destacou.
Silvia explica que os representantes foram escolhidos com base em seu engajamento em projetos de etnoturismo já acompanhados pelo Sebrae. “Selecionamos povos com iniciativas estruturadas, que possuem produtos e roteiros em desenvolvimento e demonstram comprometimento com a gestão e o fortalecimento do turismo em seus territórios”, acrescenta.
A diversidade cultural dos povos Haliti-Paresi, Manoki, Myky e Rikbaktsa é apontada como um diferencial que enriquece a missão e amplia a representatividade indígena dentro do evento.
Mais do que capacitação, a participação na ABAV Expo busca promover a inserção das comunidades indígenas no mercado de turismo, estimulando novas parcerias comerciais e o reconhecimento do etnoturismo como um segmento sustentável e competitivo.
“Esperamos que essa vivência resulte em parcerias concretas e na valorização das experiências culturais dos povos indígenas de Mato Grosso. O objetivo é transformar o aprendizado em resultados duradouros”, finaliza Silvia Fraga.
O Sebrae/MT já planeja dar continuidade às ações após a feira, com acompanhamento técnico e novas etapas de qualificação, consolidando o etnoturismo como um importante vetor de geração de renda e preservação cultural no estado.
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