novembro 21, 2025
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Júri de Bióloga que atropelou jovens em Cuiabá é marcado para dezembro

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A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 2 de dezembro de 2025, às 9h, o julgamento da bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, acusada de atropelar e matar dois jovens e ferir uma terceira vítima nas proximidades da Valley Pub, em Cuiabá, em dezembro de 2018. A decisão é da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que também analisou pedidos da acusação e da defesa sobre testemunhas e perícias que serão apresentadas no plenário.

Serão ouvidas as cinco testemunhas do Ministério Público, incluindo Hya Girotto Santos, única sobrevivente do atropelamento. Também foram autorizados os depoimentos de Samantha Vianna de Arruda, indicada pela assistência de acusação, e do pai da ré, Manoel Randolfo da Costa Ribeiro, solicitado pela defesa. O perito criminal Henrique Praeiro Carvalho prestará esclarecimentos aos jurados sobre a dinâmica do acidente, enquanto o assistente técnico da defesa, Alberi Espíndula, participará por videoconferência para rebater pontos das perícias.

A juíza determinou ainda a exibição de laudos coloridos, exames necroscópicos e objetos apreendidos durante a investigação. Todos os autos estarão disponíveis digitalmente aos jurados. Foi negado o pedido do Ministério Público para suspender o julgamento após a formação do conselho de sentença.

Rafaela chegou a ser absolvida em 2022, quando o então juiz Wladymir Perri entendeu que as vítimas teriam assumido risco ao permanecer na pista. O Ministério Público recorreu, e em 2024 o Tribunal de Justiça anulou a decisão e determinou que a bióloga fosse julgada pelo Tribunal do Júri. A defesa ainda recorreu ao STJ, mas o ministro Saldanha Palheiro manteve a determinação para o júri popular.

O atropelamento ocorreu em 23 de dezembro de 2018, quando a bióloga dirigia pela faixa da esquerda e atingiu três jovens que estavam na via. Ela apresentava sinais de embriaguez, segundo registro policial, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Foi presa em flagrante e liberada após pagar fiança de R$ 9,5 mil. O caso, um dos mais emblemáticos envolvendo trânsito e consumo de álcool em Cuiabá, deve finalmente ir a julgamento quase sete anos após a tragédia.

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