A decisão da direção nacional do PL de favorecer o nome de Otaviano Pivetta (Republicanos) para a disputa ao Governo de Mato Grosso em 2026 provocou um impacto direto na cena política do estado e evidenciou a perda de espaço do senador Wellington Fagundes dentro do próprio partido.
A articulação, revelada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, teria tido aval do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que passaram a considerar Pivetta como o nome mais competitivo para a eleição majoritária.
A escolha deixa o projeto eleitoral de Wellington Fagundes em segundo plano e reforça percepções de que o senador perdeu capacidade de influência, tanto internamente quanto entre suas bases tradicionais.
Nos bastidores, a movimentação foi interpretada como sinal de isolamento. Apesar da longa trajetória, Fagundes enfrenta avaliações negativas sobre sua atuação, vista como distante das pautas regionais e pouco articulada com demandas municipais. A falta de capilaridade popular e o desgaste entre antigos aliados também têm sido apontados como fatores que contribuíram para o recuo de seu prestígio.
O diretório estadual do PL, composto majoritariamente por lideranças alinhadas ao bolsonarismo, não demonstrou resistência ao avanço de Pivetta. A ausência de reação reforçou a percepção de que o senador já não reúne o apoio que tinha em eleições anteriores.
Para analistas, a decisão da cúpula nacional reorganiza o tabuleiro político do estado e indica que o partido busca um nome com maior competitividade, diálogo mais amplo com setores econômicos e melhor trânsito entre lideranças do interior — características associadas a Pivetta.
Com isso, Wellington Fagundes inicia o ciclo pré-eleitoral enfrentando um cenário desfavorável, marcado por perda de protagonismo e incertezas sobre seu futuro político dentro do PL em Mato Grosso.






