O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, afirmou nesta segunda-feira (24) que a retirada das sobretaxas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos agrícolas brasileiros traz um momento de tranquilidade ao setor e tende a restabelecer a normalidade no comércio internacional. A decisão do governo norte-americano ocorre após articulação diplomática do governo Lula (PT), que vinha pressionando Washington desde a adoção das tarifas, ainda durante a gestão de Donald Trump.
Tomain comentou o anúncio durante o lançamento do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações, a ApexBrasil, em Cuiabá. Segundo ele, a medida devolve confiança a produtores e indústrias ao permitir que o Brasil recupere acesso ao mercado norte-americano.
Na última semana, os EUA suspenderam sobretaxas que chegavam a 40% sobre itens como carne bovina, café, frutas, petróleo e outros produtos do agronegócio. Embora Mato Grosso não estivesse entre os estados mais afetados, Tomain reconhece que o reflexo no setor foi imediato, principalmente na pecuária.
Ele relembrou que, no início da cobrança das tarifas, o preço da arroba sofreu queda, mas logo retomou a estabilidade. Mesmo não sendo um grande exportador direto para os Estados Unidos, Tomain destacou que qualquer barreira comercial afeta a percepção de valor dos produtos mato-grossenses.
Para o presidente da Famato, o recuo norte-americano abre espaço para o Brasil recuperar presença no mercado dos EUA e reforçar sua posição como fornecedor global de alimentos. Segundo ele, ampliar as exportações é sempre benéfico para o Estado e para toda a cadeia ligada ao agronegócio.






