A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Vertigem para cumprir 17 ordens judiciais, incluindo prisões e buscas, contra um grupo envolvido com a circulação de entorpecentes sintéticos em Cuiabá. Entre os alvos está um servidor do Tribunal de Justiça do Estado, identificado como responsável por receber encomendas de vários fornecedores, inclusive de um contato no Paraguai.
As apurações revelaram que o grupo movimentava substâncias como ecstasy, MDMA e LSD, além de produtos como lança-perfume, clorofórmio e “loló”. O servidor aparece nas investigações como organizador de grupos de rateio que abasteciam consumidores de alto poder aquisitivo, lucrando com as transações ilícitas.
Ao todo, são cumpridas nove prisões preventivas e sete buscas domiciliares autorizadas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá, com ações simultâneas também no Rio de Janeiro.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, começou em 2023 após a Operação Doce Amargo, quando documentos e eletrônicos ligados ao esquema foram apreendidos na residência do servidor. A partir desse material, os agentes mapearam uma rede de fornecedores conectados ao suspeito.
Com os elementos reunidos, a polícia pediu as novas ordens judiciais, que foram autorizadas e executadas na operação desta terça-feira. O objetivo é interromper a atuação da organização e identificar outros possíveis integrantes.
A ação integra a Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, coordenada pelo Ministério da Justiça e voltada ao combate estratégico e permanente de estruturas criminosas no país.






