Campo Novo do Parecis vive um momento que exige responsabilidade institucional e compromisso público. A não votação da Reforma Tributária Municipal, que deveria ter ocorrido no dia 29 de dezembro, levanta um alerta sério sobre os impactos de longo prazo que o município pode sofrer, especialmente nas áreas de educação e saúde pública pelos próximos 40 anos.
Os projetos de adequação do Código Tributário Municipal são fundamentais para alinhar o município às novas diretrizes da Reforma Tributária Nacional. Sem essa atualização, Campo Novo do Parecis corre o risco real de perder capacidade de arrecadação e, consequentemente, receber menos recursos federais, comprometendo investimentos estruturantes e políticas públicas essenciais.
A sessão extraordinária estava prevista para ocorrer às 14h do dia 29, porém, além do forte temporal que atingiu o município e da indisponibilidade do sistema, a principal justificativa apresentada para o cancelamento a falta de quórum mínimo.
Em conversa com o presidente da Câmara Municipal de Campo Novo do Parecis, vereador William Freitas, foi informado que a matéria não foi colocada em votação devido ao forte temporal, que caiu em campo novo para esses ontem e justificou, que não será posto em votação nesta terça porque não haverá número suficiente de vereadores presentes para garantir a legalidade.
O cenário é considerado preocupante por parte da população. Enquanto uma decisão estratégica, que impactará diretamente o futuro financeiro do município, aguarda deliberação, a Câmara encontra-se esvaziada, com alguns vereadores em recesso fora do município.
A grande questão que se impõe é: os vereadores estão em recesso institucional, mas nãoaptos a formar o quórum? E, mais importante, qual é o compromisso real com a população que os elegeu?
É preciso registrar, com justiça, o esforço dos vereadores Deilson Lopes (Gringo) e Djonathan Baioto, que estiveram mobilizados no dia 29 de dezembro tentando articular a presença dos parlamentares, unir o Legislativo e garantir a votação da matéria. A iniciativa demonstra senso de responsabilidade e compreensão da gravidade do tema em discussão.
Caso a reforma não seja votada em tempo hábil, quem pagará essa conta será a população. Menos arrecadação significa menos investimentos em escolas, unidades de saúde, infraestrutura e serviços básicos. Uma falha legislativa hoje pode gerar prejuízos estruturais por décadas.
Fica o questionamento direto e legítimo à sociedade:
👉 O seu vereador está presente?
👉 Ele está disposto a retornar e votar?
👉 Está cumprindo o mandato que recebeu do povo?
O silêncio, a ausência e a omissão também são posicionamentos políticos. E a população de Campo Novo do Parecis tem o direito e o dever de cobrar.







