novembro 22, 2025
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CRM-MT repudia agressão a médica e avalia interditar UPA Morada do Ouro por falta de segurança

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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) classificou como “inadmissível” a agressão sofrida por uma médica na UPA Morada do Ouro, em Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (21). A entidade informou que poderá interditar eticamente a unidade caso seja constatada ausência de condições mínimas de segurança para os profissionais.

A confusão começou por volta das 11h30, quando uma mulher de 32 anos, levada ao local por uma equipe do Samu por apresentar transtornos psiquiátricos, se desentendeu com servidores após ser solicitado que apenas acompanhantes de idosos e crianças permanecessem na sala de medicação. A unidade estava lotada e o pedido buscava reorganizar o atendimento.

A mulher reagiu de forma agressiva, tentou atingir uma técnica de enfermagem e, mesmo contida pelo marido, avançou contra uma médica de 36 anos que entrou na sala ao ouvir os gritos. A profissional sofreu tapas, socos e arranhões, além de ter parte da roupa rasgada. Ela ficou com hematomas no ombro e ferimentos nos braços.

Em nota, o CRM-MT destacou que o episódio reforça um cenário preocupante: segundo o órgão, 12 médicos são agredidos diariamente no país durante o exercício da profissão. O Conselho afirmou ainda que tem recebido denúncias recorrentes de situações semelhantes na rede municipal, inclusive na própria UPA Morada do Ouro.

Uma fiscalização será realizada na unidade na próxima semana. Caso seja confirmada a falta de segurança, o Conselho colocará em votação a interdição ética — medida que suspende atendimentos médicos para preservar profissionais e garantir a integridade dos pacientes.

Este foi o segundo episódio de violência contra médicos registrado em Cuiabá apenas nesta semana. O CRM-MT também cobrou que a Secretaria Municipal de Saúde cumpra a Resolução 2.444/2025, do Conselho Federal de Medicina, que determina protocolos obrigatórios de proteção em unidades de saúde.

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