Em entrevista ao Conexão Poder, o delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), destacou a brutalidade com que os feminicídios costumam ocorrer e o perfil recorrente dos agressores.
Segundo ele, a análise das cenas desses crimes revela “ódio e impiedade total”, uma vez que muitos autores descarregam sua raiva na vítima, sem qualquer sinal de contenção.
“É um crime de impiedade total. Em muitos casos, as testemunhas são os próprios filhos, o que torna o cenário ainda mais cruel”, afirmou o delegado.
Caio Albuquerque explicou ainda que, na maioria das vezes, o feminicida não aceita o fim do relacionamento, movido por um sentimento de posse e controle sobre a mulher.
O delegado alertou que há padrões repetitivos entre os criminosos, tanto na forma de agir quanto nas motivações:
“O agressor, em geral, se sente dono da vítima. E, em muitos casos, repete o mesmo modo de agir — o mesmo tipo de arma, o mesmo momento de ataque — o que mostra uma conduta premeditada e doentia.”
A DHPP segue reforçando ações de prevenção e orientação sobre os sinais de violência doméstica, ressaltando que denunciar é o primeiro passo para evitar tragédias.
FONTE: NORTÃO MT
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