novembro 17, 2025
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Encontro em Tangará da Serra fortalece rede regional de viveiros e ações de restauração ecológica

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O Viveiro Mina Azul, localizado no Jardim Alto da Boa Vista, em Tangará da Serra, foi cenário de um encontro que simbolizou a união entre conhecimento técnico e compromisso ambiental. A atividade, organizada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em parceria com a Terzi Agroambiental, reuniu viveiristas, gestores e representantes de sete municípios com o objetivo de fortalecer a produção de mudas nativas voltadas à restauração ecológica.

A ecóloga Meire Mateus de Lima, pesquisadora do IPAM e idealizadora do encontro, explicou que a iniciativa faz parte de um esforço coletivo para construir uma rede de recuperação ambiental sustentável.

“Atuamos com municípios que estão estruturando viveiros, reorganizando suas bases e ampliando práticas de restauração. Hoje conseguimos juntar quem produz, quem orienta e quem executa. A ideia é formar uma rede viva: quem sabe fazer, ensina; quem aprende, multiplica”, afirmou.

Entre os participantes estava o indígena Haliti-Paresi Wilian Stiger Parecis, da Aldeia Jabuti J5, que destacou o aprendizado adquirido.

“Vou levar esse conhecimento para dentro da comunidade. São novas ideias para coletar sementes, produzir e restaurar o nosso território. Foi uma experiência única”, relatou.

O coordenador de Agricultura Familiar de Campo Novo do Parecis, Clóvis de Paulo, reforçou a importância da cooperação regional:

“Queremos construir uma rede de apoio entre municípios. O que um sabe, o outro aprende. O que um precisa, o outro ajuda a fornecer.”

Representando Alto Paraguai, a secretária Ivanielle Pereira de Oliveira ressaltou o impacto das parcerias com o IPAM na criação do viveiro municipal:

“Viemos em busca de aprimorar práticas. Agora levamos não apenas técnica, mas visão.”

O engenheiro florestal Leonardo Leite Filho Júnior, da Secretaria de Meio Ambiente de Tangará da Serra, destacou o resultado coletivo da mobilização:

“Quanto mais gente produzindo mudas nativas, mais áreas recuperadas. Ganha o meio ambiente, ganha o território.”

O pesquisador alemão Simon Thomsen, do Thünen Institut, observou que o encontro representa um novo paradigma de sustentabilidade:

“É inspirador ver Mato Grosso discutindo produção e conservação ao mesmo tempo.”

Encerrando o evento, o anfitrião do viveiro, Cláudio Terzi, resumiu o sentimento do grupo:

“Compartilhar experiência é plantar floresta antes da muda tocar o solo.”

O encontro reforça a crescente articulação de Mato Grosso em torno da restauração ambiental e do fortalecimento dos viveiros regionais, consolidando uma rede de cooperação que une comunidades, ciência e sustentabilidade.

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