
Inércia institucional: Presidente do COFECI se cala diante das graves denúncias e condenações envolvendo Claudecir Contreira, do CRECI-MT
Em meio a um cenário de graves denúncias e condenações judiciais envolvendo a gestão do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (CRECI-MT), Claudecir Contreira, chama atenção a postura inerte e omissa do presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), João Teodoro da Silva. Mesmo diante de um conjunto de fatos que evidenciam um ambiente de perseguição institucionalizada, assédio moral, práticas irregulares de gestão e condenações judiciais de alta gravidade, o comando federal da autarquia permanece em silêncio.

João Teodoro tem pleno conhecimento das diversas manifestações de corretores de imóveis que, em tom de verdadeiro grito por socorro, vêm denunciando ao longo dos últimos anos a gestão autoritária de Claudecir Contreira. Corretores relatam ter suas vidas pessoais e profissionais profundamente abaladas em decorrência de perseguições sistemáticas promovidas por Contreira e aliados. Segundo relatos, quem se posiciona contrariamente à sua administração se torna alvo de retaliações, seja por meio de comissões internas, delegados regionais ou funcionários subalternos ligados diretamente ao grupo político que comanda o conselho em Mato Grosso
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Um dos episódios mais alarmantes envolve a agressão física a um corretor de imóveis, ocorrida dentro das dependências do CRECI-MT, supostamente praticada pelo então diretor jurídico da entidade, na presença do próprio Claudecir Contreira. Mesmo ciente da gravidade do fato, a presidência estadual se recusou a fornecer as imagens de segurança que poderiam comprovar o ocorrido e, até o momento, nenhuma medida disciplinar foi aplicada, tampouco houve desdobramentos significativos nas investigações internas.
O caso não é isolado. Também chegaram ao conhecimento do COFECI denúncias de assédio moral contra servidores do conselho e, de forma ainda mais grave, acusações de assédio sexual todas relacionadas à omissão ou conivência da presidência do CRECI-MT. Em uma das ações já julgadas, Claudecir Contreira foi condenado à perda dos direitos políticos e à proibição de exercer cargos públicos por cinco anos, além do pagamento de multa de R$ 45 mil. Na mesma decisão, a Justiça determinou a realização de concurso público para substituir mais de 92% dos servidores que hoje ocupam cargos de forma irregular, configurando verdadeiro cabide de empregos mantido por conveniências pessoais.
Apesar do cenário, João Teodoro que ocupa o mais alto posto no sistema COFECI-CRECI tem optado por não se pronunciar. Sua inércia é interpretada por muitos como uma forma de blindagem institucional a Claudecir Contreira, gerando indignação generalizada na categoria profissional. A omissão em adotar medidas administrativas, éticas e legais que poderiam interromper o ciclo de abusos institucionais abre margem para questionamentos: por que o presidente do COFECI se recusa a agir? Qual é a natureza da relação entre João Teodoro e Claudecir Contreira que justifica tamanha complacência?
Diante da gravidade dos fatos e da crescente pressão de corretores que exigem respostas, nossa equipe de reportagem buscará contato com o presidente João Teodoro para que ele se manifeste publicamente sobre sua conduta diante das denúncias e decisões judiciais que envolvem diretamente o sistema sob sua responsabilidade.
Até quando o CRECI-MT seguirá imune às regras da moralidade administrativa? O sistema COFECI-CRECI continuará sendo refém de interesses pessoais e perseguições políticas internas? A sociedade e a categoria aguardam, com urgência resposta do COFECI.
A pergunta que ninguém consegue mais esconder, porque diante de tantos casos e agora da condenação do TCU, ainda não foi aberta auditoria no Creci-MT? Por que seria tempo hábil para possíveis eliminações de irregularidades, se houver irregularidades?