O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (Cira-MT) desencadeou, nesta quinta-feira (27.11), a Operação Cana Caiada, cumprindo 10 mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas investigadas por irregularidades contra a ordem tributária.
As determinações foram autorizadas pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, em Cuiabá, após apurações da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e da 14ª Promotoria de Justiça Criminal. A Justiça também determinou o bloqueio e a indisponibilidade de bens, incluindo imóveis, veículos e embarcações, que podem alcançar R$ 120 milhões. As ações ocorrem em Cuiabá e em São Paulo.
As investigações apontam que o grupo, ligado ao setor de destilação de álcool, teria estruturado um sistema elaborado de proteção de patrimônio e manobras fiscais com o objetivo de evitar o pagamento de tributos estaduais, causando prejuízo significativo ao Estado.
O delegado Walter de Melo Fonseca Júnior destacou que a atuação conjunta do Cira-MT tem sido essencial para desmontar esquemas complexos e recuperar recursos públicos, reforçando o compromisso no enfrentamento a fraudes fiscais organizadas.
O promotor de Justiça Washington Eduardo Borrére enfatizou que operações desse tipo fortalecem a concorrência justa e resguardam empresas que atuam de acordo com a legislação, além de garantir respostas rápidas às tentativas de driblar o fisco.
Os mandados contam com apoio de diversas unidades especializadas, entre elas a Delegacia de Combate à Corrupção, Gerência de Combate ao Crime Organizado, Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Polícia Civil de São Paulo, Delegacia de Estelionato de Várzea Grande e Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
O nome Cana Caiada faz referência à antiga prática de limpeza de canaviais com uso de fogo antes da colheita.






