agosto 28, 2025
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Saúde em Campo Novo do Parecis: desafios históricos, gestão atual e cobranças políticas

A saúde pública de Campo Novo do Parecis sempre foi marcada por grandes dificuldades e problemas pontuais. Basta olhar para os últimos 16 anos: todos os gestores do Executivo enfrentaram enormes desafios para manter o sistema funcionando em meio ao crescimento populacional e ao custo operacional elevado.

Manter a saúde pública exige investimentos milionários em construção e ampliação de unidades, aquisição de equipamentos, pagamento de servidores e ainda o atendimento de demandas judiciais, que consomem valores expressivos do orçamento municipal.

Desafios e medidas adotadas

O ex-prefeito Rafael Machado deu o primeiro passo ao descentralizar a gestão do Hospital Municipal, repassando-a a uma empresa terceirizada especializada. Se a decisão foi acertada ou não, cabe à população e aos especialistas avaliarem.

Hoje, o prefeito Edilson Piaia enfrenta desafios ainda maiores: ampliar o hospital, implantar UTIs, trazer novas especialidades médicas, repor medicamentos na farmácia popular e nas unidades básicas, além de melhorar tanto o atendimento físico quanto a estrutura de pessoal. O gestor precisou cancelar contratos herdados da gestão anterior devido a supostas irregularidades, o que agravou a falta de remédios e equipamentos.

É importante lembrar que todos esses investimentos precisam obedecer à legislação e estar previstos no orçamento municipal.

Orçamento engessado e falta de transparência

Apesar das falhas administrativas da gestão Piaia, é preciso destacar que o orçamento e o planejamento orçamentário da saúde foram elaborados e aprovados ainda pela gestão passada, sob anuência da Câmara Municipal. Há indícios de que o orçamento foi engessado, o que limita a capacidade de resposta da atual administração.

Fica a pergunta: onde estão os vereadores diante dessa situação? Por que ninguém propôs investigar os contratos antigos? Por que não se discute de forma transparente os TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) que já existiam na área da saúde?

Câmara Municipal: fiscalização ou palco político?

O presidente da Câmara, vereador William Freitas, tem feito cobranças nas redes sociais sobre a falta de medicamentos e outros problemas. É legítimo que o faça, como representante do povo. No entanto, chama atenção o fato de que o mesmo Legislativo que hoje critica aprovou o orçamento que está em vigor.

Além disso, em 10 meses de gestão, a Câmara gastou mais com viagens do que entidades como a APAE recebem anualmente do Executivo. Diante disso, qual contribuição efetiva o Legislativo tem dado para melhorar a saúde pública do município?

Outro ponto crítico é a relação conflituosa entre vereadores e secretários municipais. Quando secretários apontam falhas ou problemas estruturais, são atacados. A ex-secretária de Saúde, Luiza, foi alvo de um verdadeiro “processo de caça às bruxas”. Agora, a nova gestora também sofre pressões políticas. Afinal, todos os secretários seriam incompetentes ou falta comprometimento dos vereadores em defender quem está tentando trabalhar?

Conclusão

A saúde pública de Campo Novo do Parecis não será resolvida com disputas políticas, mas com planejamento, investimento e união entre Executivo e Legislativo. A população precisa de soluções concretas, e não de brigas que transformam a gestão da saúde em palco de interesses pessoais.

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