O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu, na tarde de quinta-feira (27), manter afastados os juízes Mirko Vincenzo Giannotte, da Vara Especializada da Fazenda Pública de Sinop, e Silvia Renata Anffe, da 2ª Vara Cível de Sorriso. Mesmo impedidos de atuar, ambos seguem recebendo salários líquidos superiores a R$ 70 mil por mês.
Os processos que apuram possíveis irregularidades funcionais seguem sob sigilo na Corregedoria e a decisão foi tomada em sessão reservada. O afastamento já havia sido imposto de forma cautelar pelo corregedor-geral do TJ, desembargador José Luiz Leite Lindote, e agora foi validado pelo colegiado, sem prazo para término.
Consultas ao Portal Transparência mostram que, em outubro, Mirko recebeu R$ 90.884,39 brutos — cerca de R$ 70.418,21 líquidos — enquanto Silvia obteve R$ 90.849,71 brutos, resultando em R$ 70.428,53 líquidos.
As sindicâncias que motivaram o afastamento podem evoluir para um Processo Administrativo Disciplinar, dependendo das conclusões da Corregedoria. Ainda não há previsão de encerramento das apurações.
Por falta de tempo, dois outros processos envolvendo magistrados ficaram de fora da pauta da sessão. A última reunião do Órgão Especial em 2024 está marcada para 11 de dezembro, quando novos casos poderão, ou não, ser analisados.






