
Em uma contundente entrevista ao programa Frente a Frente, o secretário de Administração de Campo Novo do Parecis, Carlos Paes de Barros, fez revelações alarmantes sobre a situação da saúde pública no município, especialmente no que se refere ao funcionamento do Hospital Municipal entre meados e o final de 2024.
Carlos afirmou que, durante meses, o centro cirúrgico e as salas de semi-internação funcionaram sem o apoio de um gerador de energia, mesmo diante do risco constante de quedas no fornecimento elétrico. A declaração mais forte veio ao ser questionado sobre a gravidade da situação:
> “Se eu tivesse um filho ou um familiar naquele centro cirúrgico, eu não deixaria realizar o procedimento. O risco de morte era iminente”, declarou o secretário, expondo a fragilidade do sistema naquele período.
O secretário fez críticas diretas à antiga direção do hospital, que teria mantido as atividades normalmente, mesmo sem condições básicas de segurança. A ausência de gerador funcional, UTI móvel e até mesmo ambulância em operação poderia, segundo ele, ter colocado em risco dezenas de vidas.
Carlos foi além: sugeriu que uma eventual investigação possa comprovar mortes associadas a falhas de energia elétrica nos dias em que o gerador estava inoperante, e que essas mortes, se confirmadas, devem ser atribuídas à falta de estrutura mínima no hospital.
Outro ponto delicado abordado por Carlos foi o não aproveitamento de uma emenda parlamentar de R$ 500 mil, enviada pela falecida deputada Amália Barros. O recurso era destinado à compra de um novo gerador.
> “Por que esse gerador nunca foi comprado? Para onde foi esse dinheiro? Por que decidiram alugar um equipamento ao custo de R$ 25 mil por mês, quando havia recurso para aquisição?”, questionou.
Carlos também criticou o fato de, mesmo diante da situação crítica, não ter sido fechado o centro cirúrgico e nem transferidos os pacientes da semi-UTI para cidades como Tangará da Serra, já que, segundo ele, a ambulância estava parada no fundo do pátio da prefeitura, impossibilitando o transporte de pacientes em risco.
Diante da gravidade das declarações, cresce a pressão por transparência, investigação e responsabilização. O caso pode configurar negligência administrativa e até omissão com consequências fatais.
A sociedade de Campo Novo do Parecis, assim como os órgãos de fiscalização e controle, exigem respostas claras sobre o destino da emenda, a gestão dos recursos públicos e a possível relação entre a falta do gerador e óbitos ocorridos no período.
Fala o que não sabe, tem que investigar esse secretário!
O município possui no mínimo de 7 a 8 ambulância e todas tem equipamentos que as transformam em UTI.
Fala muito e pouco faz esse manco aí!